[Por Larissa Sell] Reconstruir vidas: proteção, cura e trabalho para mulheres vítimas de violência doméstica
- Gustavo Milioli
- há 1 dia
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Artigo de Larissa Sell, assessora jurídica do gabinete do deputado Mário Motta
Junto ao gabinete, atuamos na elaboração técnica de propostas legislativas que reforçam o compromisso do parlamentar com a proteção e a dignidade das mulheres catarinenses. É nesse contexto que apresentamos recentemente um projeto construído por nossa equipe para ampliar as políticas de enfrentamento à violência doméstica e assegurar melhores condições de recomeço para as mulheres que passam por essa situação.

A violência doméstica, embora muitas vezes silenciosa, produz impactos devastadores na vida das mulheres. Além das agressões físicas e psicológicas, essas vítimas frequentemente enfrentam a perda de autoestima, o isolamento social e, não raras vezes, a dependência financeira do agressor.
São situações que limitam o recomeço e criam barreiras concretas para que retomem suas vidas com dignidade. A partir desse diagnóstico, construímos um projeto de lei que busca enfrentar essa realidade com firmeza, responsabilidade e respeito à condição de fragilidade dessas mulheres, oferecendo caminhos reais de reconstrução.
Entre as medidas propostas, destaco a criação do Selo “Empresa Parceira no Enfrentamento à Violência Doméstica”, ferramenta que incentiva o setor privado a participar ativamente desse esforço. Empresas que colaborarem com a inclusão e contratação de mulheres vítimas de violência poderão receber esse reconhecimento institucional.
Outra ação essencial prevista no projeto é a garantia de atendimento psicológico e psicossocial pelo SUS, articulado com a rede estadual de proteção. Sabemos que as marcas deixadas pela violência vão muito além de lesões físicas; alcançam o emocional, a identidade e a capacidade de projetar um futuro.
Ao assegurar atendimento especializado, reconhecemos as sequelas emocionais resultantes dessas situações e reafirmamos que o Estado não pode se omitir diante desse sofrimento. Proteger é, antes de tudo, compreender a vulnerabilidade e oferecer suporte para que essas mulheres se levantem novamente.
Este projeto nasce de uma convicção profunda: a de que combater a violência não significa apenas punir o agressor, mas também reconstruir vidas. Políticas públicas sérias devem reconhecer a fragilidade dessas mulheres sem desmerecê-las; ao contrário, devem fortalecê-las para que retomem sua independência e sua liberdade. É isso que buscamos ao propor medidas que unem proteção, acolhimento e oportunidades concretas de reinserção social e econômica. Em um Estado que valoriza o trabalho, a ordem e a justiça, não podemos permitir que qualquer mulher seja deixada para trás após viver uma situação tão traumática.




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